segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Entrevista: Slim Jim Phantom



A entrevista na real tem um tempinho e saiu originalmente no site ''Vale Punk''. Foi feita um pouco antes do Slim Jim Phantom chegar no Brasil para uma série de shows e modéstia a parte, acho que ela ficou muito boa e ainda é atual, com tópicos bem interessantes para todos os fãs dos Stray Cats.

Slim Jim é uma lenda viva do Rockabilly moderno, e tenho muito orgulho de ter entrevistado um integrante da minha banda Rockabilly favorita !!!


1- Você esteve no Brasil em 1990 com o Stray Cats. Quais lembranças tem daqueles
shows e sua passagem por aqui ?

Me lembro de ótimos shows e uma festa bem divertida após um deles.


2 - O Stray Cats está em tour novamente pelo mundo. Quando decidiram voltar, depois de tanto tempo separados?

Participamos do Hootennany há alguns anos atrás, foi tão bom que decidimos sair em turnê. Desde então, tocamos na Europa no ano passado, tocamos com The Pretenders e ZZ Top em 2007 nos Estados Unidos e acabamos de voltar da Austrália. Temos tido sucesso, e acredito que haverá mais. Sempre amamos música e a banda. É uma questão de organização da nossa agenda lotada.


3 - Todos os integrantes estão em bem sucedidas carreiras solo. Mas o Stray Cats continuam sendo importante em suas vidas...

O Stray Cats é uma parte muito importante de nossas vidas. Nós crescemos e tivemos experiências muito significativas juntos, então, a banda tem um papel muito importante na vida de todos. Estar envolvido com uns caras por mais de 40 anos cria um laço especial.


4 - E seus projetos solos? Como vai o Swing Cats, 13 Cats, Head Cats, Dead Man Walking? E tocar com músicos tão diferentes? Tem alguém ainda com quem gostaria de realizar algo?

O Swing Cats foi praticamente Danny B Harvey e eu tocando com mais alguns amigos, gravamos uns discos bem legais. O 13 Cats teve um bom momento em Los Angeles e fomos tocar no Japão. Head Cat tem Danny e meu querido amigo Lemmy, eu o conheço desde a primeira vez que fomos para Londres em 1980. Estávamos gravando uma música para um tributo ao Elvis e eu o convidei para participar junto com meu outro amigo Johnny Ramone. Lemmy, Danny e eu queríamos continuar tocando e duas semanas depois tínhamos um disco gravado e saímos tocando onde pudemos. Ele é o cara mais Rock and Roll que eu já conheci. Dead Men Walking mudou o nome para Forgotten Saints onde, mais uma vez, tudo começa com a grande amizade de Mike Peters do The Alarm. Tem também Captain Sensible (The Damned), que dispensa apresentações. Nós lançaremos um álbum este ano, que será acompanhado por uma turnê, onde esperamos poder ir ao Brasil. Quanto a tocar com alguém, eu sempre quis tocar com Bob Dylan.



5 – Nos anos ‘80 o Stray Cats se tornou popular em todo mundo. Como foi sair dos pequenos clubes para a grande mídia, gravadora, público, shows... Enfim, se tornarem uma banda “Pop”?

Todo músico quer ter sucesso, gravar discos com grandes Hits, tocar em lugares maiores e ter sua música ouvida pelo maior número possível de pessoas. Ninguém entra nesse negócio só para tocar em pequenos clubes. Quando o Stray Cats se tornou popular, nós tínhamos a mesma atitude que rolava nos clubes de Nova Iorque. Nós não mudamos muito, nós criamos algo novo em termos de público. Essa cena Rockabilly não existia antes do primeiro disco do Stray Cats.

6 – O revival do Rockabilly não se limitou a Inglaterra nem aos U.S.A, mas se tornou popular em todo o mundo. Vocês têm uma canção chamada “Rockabilly World”, ela resume todo esse fenômeno?

O Stray Cats trouxe o Rockabilly para o mundo, a primeira banda desde a década de 50 a ter Hits gravados com a proposta do contrabaixo “slap”, e tenho muito orgulho desse fato. Ajudamos a manter esse gênero de música vivo para outras gerações de músicos e fãs. Espero que jovens bandas de agora prossigam com ele.


7 – E as bandas que apareceram na mesma época de vocês como os Polecats, Blasters, Rockats, Robert Gordon, Restless... Que acha delas?

Eu gosto de todas essas bandas. Tenho um novo projeto com Robert Gordon, Chris Spedding e Glen Matlock (Sex Pistols), outro grande amigo. Tocaremos pelos Estados Unidos em agosto.

8 – Influenciado pelo Punk e pelo Rockabilly surgi o Psychobilly na Inglaterra e bandas como The Meteors, Ricochets, Sharks, Guana Batz, Demented Are Go e muitas outras. Gosta deste estilo de som? Acha que ele trouxe uma nova energia ao Rockabilly tradicional?

Sim, acho que o Psychobilly tem uma energia boa, o surgimento de uma nova tendência é sempre legal. Eu conheço Pip e Johnny do Guana Batz, ótimas pessoas.


9 – Foi lançado recentemente um tributo ao Stray Cats, chamado “Go Cat Go! “. Você ouviu? Gostou de alguma versão?

Não conheço esse tributo, é bom? Onde está o cheque com a minha soma dos direitos autorais?


10 – Quais são os músicos que vão acompanhar você no show do Brasil? E os rockers brasileiros podem esperar canções dos Stray Cats no set-list?

Jimmy Rip na guitarra e Nixx, de Buenos Aires, no baixo. Tocaremos algumas músicas do Stray Cats, e eu vou cantá-las, um novo deleite para os fãs.

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